sábado, 19 de outubro de 2013

De que você tem fome?


"Trabalhem, não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, o qual, o Filho do homem lhes dará..." - João 6.27.

O capítulo 6 do Evangelho de João fala de três tipos de sinais miraculosos realizados por Jesus naqueles dias. A primeira citação relata as curas, que eram frequentes e atraíam multidões (vers. 2); a segunda se refere à alimentação de mais de cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois pequenos peixes (vers. 5-13); e a terceira descreve a travessia de praticamente todo o lago de Tiberíades (que tinha mais de 6 km de largura) andando por sobre as águas (vers. 19-21).
Todos esses sinais maravilhosos mostram quão grande é o poder de Deus que agia e age através de Jesus, mas mostram também a qual tipo de manifestação as pessoas geralmente dão maior atenção. Ao observar todo o texto vemos que apenas um desses sinais ficou em evidência aos olhos da multidão, ou seja, a satisfação das necessidades físicas e imediatas, pois eram tempos difíceis e a expectativa daquelas pessoas era a respeito da vinda de um rei que deveria resolver prioritariamente as questões sociais, dentre elas a provisão de alimento para todos.
Esse estreitamento absurdo de visão a respeito do ministério do Messias foi motivo de uma dura e merecida repreensão por parte de Jesus. As palavras citadas acima foram ditas à multidão que o procurou no dia seguinte ao milagre dos pães e dos peixes, porque muitos buscam em Jesus apenas o suprimento material. Ele, entretanto, diz para não trabalharem apenas por esse tipo de suprimento. Em outras palavras Jesus está dizendo a você que não use o seu tempo, o tempo que Deus te dá nessa vida, apenas para reter coisas materiais, coisas que se estragam. Antes, use o seu tempo, forças e energias para construir não um relacionamento interesseiro, mas um relacionamento verdadeiro, prazeroso e permanente com as coisas de Deus, com o Reino de Deus e com o próprio Deus. Se você se ocupa apenas com o que se desgasta jamais vai se fartar e ter plena satisfação, pois logo a fome e as “necessidades” estarão gritando novamente! (Eclesiastes 5.10).
O que Jesus disse a eles - e a nós - é que os sinais e demonstrações do poder de Deus devem alimentar e preencher espiritualmente. Que precisamos tirar lições espirituais do poderoso agir de Deus, e não apenas encher estômagos, despensas e contas bancárias, afinal ele alimenta as aves todos os dias e “vocês valem mais do que os passarinhos” (Mateus 6.26). Ele disse que você não deve se contentar apenas em comer e se entusiasmar com aquele que deu comida, mas ver neste milagre a provisão para a vida eterna. E o que se leva para a vida eterna é o encher-se de Deus, da satisfação em Deus, da vida plena de Deus. Aliás, isso fica ainda mais patente no versículo 48 onde Jesus diz claramente “Eu sou o pão da vida”; ele é o alimento para a eternidade. Porém, da mesma forma que para se alimentar é preciso apropriar-se do alimento, para ser alimentado por Jesus é preciso apropriar-se dele, o pão enviado por Deus (vers. 51).
A atitude de Jesus em não ser um rei apenas para suprir necessidades materiais deve ter frustrado a muitos. Ainda hoje as pessoas se frustram quando seus desejos não são atendidos, pois muitos conhecem Jesus apenas como um garçom, com uma grande bandeja cheia de coisas boas onde se servem sem nenhum compromisso.
Quiseram tomar Jesus à força e proclamá-lo rei apenas porque lhes havia dado comida (vers. 15). Onde ou em que áreas da sua vida você tem feito Jesus rei e, ali, restringido o seu agir? Afinal, por qual alimento você tem trabalhado? De que você tem fome? Saiba que qualquer coisa que você obtiver satisfará apenas a sua necessidade física, mas apenas Jesus, o pão dado por Deus, satisfará a sua fome de Deus e das coisas espirituais. Portanto, busque a Deus por ele mesmo, para ter salvação, paz, segurança, alegria, e não pelo que ele pode dar. Busque a Deus para adorá-lo, honrá-lo, ter comunhão com ele, ter satisfação nele, para ser cheio dele e da sua graça. Enfim, busque ao Senhor para ter a sua fome espiritual satisfeita.

Valdenir Soares - Teólogo e Professor

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Atividade 4.2 - Navegar por vídeos e outras mídias

Produtos e objetos do Portal do Professor

Energia eólica
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/12252/Energia%20Eolica.swf?sequence=1
Nestes tempos em que está em evidência a busca por fontes de energia renováveis e não poluentes saiba um pouco mais sobre esse assunto de interesse global. Nesse link você terá acesso a informações com respeito à formação dos ventos e sua influência em todo o planeta. São dados extremamente importantes para entendermos onde e como é possível se produzir energia a partir dessa fonte inesgotável.


Recuperando arquivos de um pendrive afetado por vírus
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=39485
As pendrives são ferramentas indispensáveis para transporte de arquivos. Por sua portabilidade e capacidade podemos levar todos os tipos de mídias, arquivos de textos, planilhas, músicas, vídeos etc. infelizmente, junto com suas facilidades elas também podem ser usadas, maliciosamente, para disseminar vírus, worms e outras infecções. Por isso fique de olho, pois esse é um assunto de interesse de todos nós, usuários de computadores, tablets e, especialmente, as utilíssimas pendrives.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Dia da Criança: o que temos para comemorar?


Ainda que em determinadas épocas e lugares históricos as crianças não sejam mencionadas ou consideradas importantes esse não é o pensamento cristão e nem mesmo do antigo povo da Aliança, o povo hebreu. Ao contrário, diversos relatos bíblicos em muitas e variadas circunstâncias fazem menção às crianças. Elas aparecem tanto em situações alegres e festivas quanto infelizes e trágicas. Na maioria das vezes, essas crianças simplesmente fazem parte da vida comum da família e compartilham dos acontecimentos habituais da vida sejam eles favoráveis ou não. 
Há, por exemplo, a história de Isaac uma criança que ao ser prenunciada foi motivo de riso para sua mãe, Sarah, e para seu pai Abraão, ambos já avançados em idade. Seu nascimento trouxe, ao mesmo tempo, provas do poder e da fidelidade de Deus. A história sagrada registra que nos tempos em que José se tornou governador do Egito havia grande fome naquela região por conta de uma terrível seca. No grupo dos familiares de José, recebido por ele no Egito, havia também algumas crianças que foram livradas da fome e da morte (Gênesis 50.11). Quatrocentos e trinta anos depois, ao saírem vitoriosos sobre o mau Faraó que então reinava, já não eram algumas, mas milhares (Êxodo 12.37). Outro relato nos informa que quando o arrependido Jacob decide retornar das terras de Harã e confrontar a ira de seu irmão Esaú, do qual havia roubado o direito e a bênção de filho mais velho, trazia consigo suas esposas e crianças que eram parte dos temores do marido e pai aflito (Gênesis 33.1-3). E, ainda, outro texto nos mostra que uma criança fruto do adultério de David com Bat-Sheba foi motivo de lamentos, jejuns e choro (II Samuel 12.22). E, assim, por toda a Bíblia elas são lembradas nos Provérbios (Provérbios 22.6), cantadas nos Salmos (Salmo 8.2), e como bons discípulos estavam incluídas na primeira e segunda multiplicação dos pães (Mateus 14.21; 15.38). 
Entretanto, a Bíblia também contém inúmeras e emocionantes histórias em que, mais que simples participantes, elas são os personagens principais. Uma das que mais me chamam a atenção por seu contexto adverso é a história do menino Moisés. Num tempo em que os hebreus de sexo masculino recém-nascidos deveriam ser mortos, Moisés, filho de hebreus, foi privilegiado com um tríplice cuidado: o cuidado de Deus, que por seu intermédio haveria de libertar seu povo da escravidão; o cuidado afetuoso de sua mãe, Joquebed, que sabiamente o livrou da morte e o criou; e o cuidado da filha de Faraó que o educou como filho dando-lhe, inclusive, o nome. Esses cuidados que por providência divina Moisés teve na sua infância e juventude o moldaram como pessoa e como servo de Deus. Em alguns momentos de sua vida fraquejou e errou, mas humildemente se recompôs permitindo que o Senhor o levasse a cumprir o papel bíblico e histórico que bem conhecemos. 
Hoje vivemos em um mundo que se impõe sobre a existência humana, no qual a vida social, o trabalho, os bens, o dinheiro e o status concorrem com a falta de tempo para cuidados de pai e mãe. Diante da constatação da urgência desses cuidados para com as nossas crianças, como nos posicionamos? 
O Teólogo e escritor Rubem Amorese em seu livro Igreja & Sociedade [1] conclui que é exatamente no meio familiar que tem faltado cuidado a muitas crianças. Ele traz o assunto do abandono infantil para dentro dos lares e cita graus desse abandono. Segundo ele, muitas crianças estão abandonadas em frente à televisão e passam mais de 6 horas por dia recebendo, sem nenhuma censura, tudo o que é considerado “apropriado” para o horário. Pesquisas revelaram que em uma semana essas “babás eletrônicas” exibiram 1.145 cenas de nudez; 276 relações sexuais; 72 palavrões; 707 brigas e facadas e 1.940 disparos de armas de fogo, mostrando com quantos tiros e cenas eróticas a televisão cria as crianças enquanto os pais acham tudo natural. 
Amorese fala também das crianças abandonadas em creches e escolinhas. O que em situações normais pode ser oportunidades de amadurecimento, sociabilização e crescimento, pode também estar mascarando a falta de paciência, a falta de afeto e a falta de amor dos pais; há muito abandono brando e velado nessa situação. Não chega a ser rejeição, no sentido doentio do termo, mas produz sobre a psiquê da criança danos mais ou menos sérios porque, por mais profissional que seja uma “tia”, a falta de convívio com um pai e uma mãe um dia cobrará o seu tributo. Se isso tudo acontece no ambiente familiar, o que diremos, então, das crianças abandonadas nas ruas? 
Mesmo sem poder, digamos, assumir o seu filho a mãe de Moisés não foi omissa e certamente lhe deu instruções valiosas a respeito do seu povo, de suas tradições, de sua educação e do conhecimento do Deus Único e Verdadeiro, Criador de todas as coisas em cujo caminho ele deveria andar. A providência divina tantas vezes buscada apenas no fantástico e sobrenatural se concretiza também - e principalmente - por meio de mães e pais que estão atentos aos seus filhos e filhas, cuidando por onde andam, filtrando o que vêem nos meios de comunicação, mas, especialmente conduzindo-os ao caminho da simplicidade, obediência e retidão como, exemplarmente, faziam Ana e Elcana, pais do menino Samuel, Zacarias e Isabel, pais de João o precursor de Jesus, José e Maria e tantos outros (I Samuel 1.24ss; Lucas 1.59; 2.41, 42).
Nesse 12 de outubro teremos muito que comemorar se muitos reconhecerem que foram postos, por providência de Deus, mães e pais zelosos na edificação da vida e da história de seus filhos e filhas. Que Deus nos de graça nessa árdua e maravilhosa tarefa. 


Valdenir Soares - Teólogo e Professor
[1] AMORESE, Rubem M. Igreja & sociedade - o desafio 
de ser cristão no Brasil do século XXI. Viçosa: Ultimato, 1998, p. 103\4.

sábado, 5 de outubro de 2013

Atividade 3.5 - Desenvolvimento do Projeto

O "Projeto Afro-cultura - inserção e assimilação da cultura negra no Brasil" já está em andamento. Nos dias 01 a 04 o projeto foi apresentado aos professores e discutido com os alunos das turmas envolvidas. Questões foram formuladas para nortear as pesquisas, alguns sites de referência foram levantados (vejam no Portfólio), e as aulas foram agendadas com o professor responsável pela STE. As pesquisas foram divididas por turmas assim definidas:

Ensino Religioso - 5º Ano




Geografia - 6º Anos A e B




História - 7º Ano




Artes - 8º Ano




Língua Portuguesa - 9º Ano